domingo, 28 de setembro de 2008

Paulo Leminski

o pauloleminski
é um cachorro louco
que deve ser morto
a pau a pedra
a fogo a pique
senão é bem capaz
o filhodaputa
de fazer chover
em nosso piquenique

Alien (Tubararão-Duende)


O tubarão-duende (Mitsukurina owstoni) é uma espécie que habita nas águas profundas, raramente é visto com vida.

Atinge até 4 metros de comprimento. Vivem bem no fundo do mar, já foi encontrado a 1200 metros de profundidade, vive no oeste do oceano Pacífico e a oeste do Índico e a leste e oeste do oceano Atlântico.

Alimenta-se de lulas, camarões, polvos e outros moluscos que também habitam no fundo do mar. Característico por possuir um longo nariz em forma de faca incorporada por minúsculas células sensoriais e uma grande boca com dentes em forma de agulha. Os tubarões-duendes são um dos mais antigos tubarões existentes no mundo atual. Há registro desta espécie ao largo das costas das ilhas japonesas, Austrália e do sul africano.

O Tubarão Duende é chamado também de Goblin, é um animal muito raro de ser encontrado. Desde 1898 foram encontrados 36 tubarões da espécie goblin.

O último registro foi na baía de Tóquio nadando em águas rasas. Não se sabe porquê, mas já é a segunda espécie de tubarões muito raros que nadam em águas profundas encontrados no ano de 2007.

Wiki

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Cucarachas

India

A República da Índia é um país que ocupa o mais alto do sul da Ásia. Tem fronteiras com o Paquistão eo Afeganistão, no noroeste, o People's Republic Popular da China, o Nepal eo Butão no norte e no Bangladesh e Mianmar, a leste, com um litoral que se estende por mais de sete mil quilômetros.

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sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Piada do Dia

Um homem e uma mulher, que nunca tinham se encontrado, mas que eram ambos casados com outras pessoas, foram alocados como passageiros numa mesma cabine de um trem transcontinental.
Embora inicialmente meio acanhados, envergonhados e desconfortáveis com aquela situação de compartilharem o mesmo aposento, ambos estavam muito cansados e caíram no sono rapidamente, ele no beliche superior e ela no inferior.
À 1:00 h da manhã, o homem se inclinou e gentilmente cutucou a mulher acordando-a dizendo:
- Desculpe-me o incômodo, mas você poderia pegar para mim no armário um cobertor extra? Estou morrendo de frio.
A mulher respondeu prontamente:
- Eu tenho uma idéia melhor. Somente esta noite, vamos fingir que eu e você somos casados?
- Uau! Esta é uma excelente idéia! - exclamou o homem...
- Ótimo! - respondeu a mulher - Então vá buscar você mesmo a porra do cobertor, seu merda!
Após um breve momento de silêncio, o homem peidou.

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Com esse final eu quase morri de tanto rir... :D

Verde

Esse é pra vc!

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O QUE PASSOU, PASSOU?

Antigamente, se morria
1907, digamos, aquilo sim
é que era morrer.
Morria gente todo dia,
e morria com muito prazer,
já que todo mundo sabia
que o Juízo, afinal, viria,
e todo mundo ia renascer.
Morria-se praticamente de tudo.
De doença, de parto, de tosse.
E ainda se morria de amor,
como se amar morte fosse.
Pra morrer, bastava um susto,
um lenço no vento, um suspiro e pronto,
lá se ia nosso defunto
para a terra dos pés juntos.
Dia de anos, casamento, batizado,
morrer era um tipo de festa,
uma das coisas da vida,
como ser ou não ser convidado.
O escândalo era de praxe.
Mas os danos eram pequenos.
Descansou. Partiu. Deus o tenha.
Sempre alguém tinha uma frase
que deixava aquilo mais ou menos.
Tinha coisas que matavam na certa.
Pepino com leite, vento encanado,
praga de velha e amor mal curado.
Tinha coisas que têm que morrer,
tinha coisas que têm que matar.
A honra, a terra e o sangue
mandou muita gente praquele lugar.
Que mais podia um velho fazer,
nos idos de 1916,
a não ser pegar pneumonia,
e virar fotografia?
Ninguém vivia pra sempre.
Afinal, a vida é um upa.
Não deu pra ir mais além.
Quem mandou não ser devoto
de Santo Inácio de Acapulco,
Menino Jesus de Praga?
O diabo anda solto.
Aqui se faz, aqui se paga.
Almoçou e fez a barba,
tomou banho e foi no vento.
Agora, vamos ao testamento.
Hoje, a morte está difícil.
Tem recursos, tem asilos, tem remédios.
Agora, a morte tem limites.
E, em caso de necessidade,
a ciência da eternidade
inventou a criônica.
Hoje, sim, pessoal, a vida é crônica.
(Paulo Leminski)

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Tirinhas




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Furacão Ike

Mais um furacão que destroi tudo por onde passa. Até parece que todo ano é a mesma história. As vezes acho que um furacão aqui no Brasil seria mais legal do que ser obrigado a votar. :(

terça-feira, 9 de setembro de 2008

A maquina do fim do Mundo

Parece que é desta vez que entrará em funcionamento o maior acelerador de partículas do mundo, o LHC - Large Hadron Collider ou em português, grande colisor de hadrões. Orçado em 4 bilhões de euros, é a maior máquina do planeta, com um perímetro de 27Km de extensão e com um total de 9300 magnetos supercondutores no seu interior. Dentro de aproximadamente 48h, segundo muitos, a máquina do juízo final será finalmente ligada.

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O poder da virgula


quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Paulo Leminski


A RAIVA

A raiva é implácavel, me arrancou da cama me jogou contra a parede. Me fez rolar escada abaixo, me atirou rosas e granadas e carrinhos de bebês. A raiva me quer na rua. Por isso me fez ouvir torsounds nos bares e predilêtas. Tocou fogo na minha casa. A raiva esticou minha perna me fez pressionar o acelerador. Me fez derrubar semáfaros e me jogou sobre o leito de um hospital. A raiva me internou e ocultou meus diagnósticos. A raiva matou meu melhor amigo numa igreja a seis da tarde num sabado de sol. A raiva estava de colam preto com uma Uzi numa mão e arroz na outra. A raiva é irônica e distrinha e reluz na noite de Natal. A raiva redigiu meu epitáfio com uma frase de efeito. A raiva é cuidadosa. Por isso me jogou na cadeia, me espancou, me fez confessar a cor das cortinas da casa dela. A raiva sabe como fazer as coisas. Me serviu ópio e haxixe e disse que estava tudo bem. A raiva toca notas dissônantes, e anda sempre se preto. A raiva me chamou de pop-cenes, e depois gargalhou sadicamente. Assim ela é. A raiva me fez dormir em pensões escrotas. A raiva respira pela boca e anda pelo corredor enquanto os anjos dormem. A raiva sabe o momento certo de te apertar o pescoço. A raiva é paciente e sincera. A raiva ri da minha cara. A raiva faz negôcios com mercadores europeus. A raiva importa armas quimicas e anda com cachorros felpudos pela mesma calçada que você. Muito cuidado com a raiva. A raiva jogou boliche com melhor amigo Charles. Ela disse a ele que Diet-coke e o semem do mal. A raiva é estérica, e transforma banalidades em manchetes imternacionais. A raiva me bateu com a magno 357 no rosto. A raiva me quer vivo. Por enquanto. A raiva decide teu destino. A raiva escondeu os preservativos. A raiva fez um pacto de sangue com os burocratas das mesas envernizadas. A raiva mistura água com vinho e não quer os meninos nas portas das vernissagens. A raiva é gorda e mal amada. A raiva não tem sexo. A raiva dorme sozinha e lê suplementos dominicais. A raiva perdeu o trem e ficou por aqui. A raiva é um expector sob colchoados controlando nossas vidas pelos aparelhos de tv. A raiva anda em sedans vermelhos, e recebes os caras pelas portas do fundos. A raiva me serviu leite e maionese e disse que era pro meu bem. A raiva e cheia de subtêrfugios. A raiva me cortou a face com lâminas de barbear. A raiva fez a imagem se formar antes da minha retina. A raiva escreve da esquerda pra direita. De cima pra baixo e fala em cinco idiomas. A raiva dança sons africanos. A raiva vômitou no meu prato e quebou o joelho da minha mãe. A raiva tomou uma overdose e não morreu. A raiva e imortal. A raiva confundiu as teclas da minha maquina de escrever. A raiva me fez mendigar um litro de vinho no coração da cidade. A raiva corroeu meu fígado. A raiva fez meus amigos se voltarem contra mim. A raiva se vestiu de purpura. A raiva é um viruz mortal. A raiva anda de cadeira de rodas. A raiva me abraçou e me beijou na boca. Eu acreditei nas suas boas intenções. A raiva me levou pra cama e me entupiu de frizio. A raiva carrega ordens judiciais no bolso do paléto. A raiva faz tudo em nome da lei. A raiva é unipotente é unipresente. A raiva sabe onde me escondo. A raiva estuprou minha garota na banheira e depois a esfaqueou repetidas vezes. A raiva tem olhos vermelhos. A raiva tomou conta de mim. Eu tô a caminho. É melhor limpar a area.

mario bortolloto - a raiva